No Brasil, chanceler do Irã busca aproximação

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Por Denise Chrispim Marin e ROMA
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Brasil e Irã decidiram ontem iniciar uma cooperação econômica e financeira para destravar o comércio e os investimentos bilaterais. Fontes do Itamaraty afirmaram que o limite dessa aproximação estará nas sanções aplicadas pela ONU contra Teerã, que continuarão a ser cumpridas à risca por Brasília. O futuro acordo deverá envolver a troca de informações entre os bancos centrais e a criação de um mecanismo para financiar o comércio entre os dois países, que recuou 38% em 2008, em relação a 2007. As iniciativas foram discutidas no Itamaraty, pelos chanceleres Celso Amorim e Manouchehr Mottaki. "Toda cooperação e todo investimento de empresas brasileiras no Irã serão bem-vindos", afirmou Mottaki, em referência à expectativa iraniana de ampliação de projetos da Petrobras no país. Mottaki chegou ontem a Brasília para a primeira visita de um chanceler iraniano ao País desde 1993. Tratou-se de uma retribuição ao gesto de interesse em uma aproximação, entregue a Teerã em novembro por Amorim. Naquela ocasião, Amorim entregou ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual o convidava a visitar o Brasil neste ano. Ontem, o chanceler iraniano trouxe o convite de Ahmadinejad a Lula.

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