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No México, Obrador rejeita elo com Caracas

López Obrador, que pela terceira vez busca a presidência, foi questionado sobre as ligações com o chavismo durante um programa de TV

Atualização:

CIDADE DO MÉXICO - O candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador, que lidera as pesquisas para as eleições presidenciais de 1.º de julho, no México, classificou nesta sexta-feira, 4, de calúnias as tentativas de vinculá-lo ao governo da Venezuela e assegurou que nunca conheceu Hugo Chávez.

Andres Manuel López Obrador, candidato do Movimento de Regeneração Nacional, de esquerda, é o favorito Foto: REUTERS/Henry Romero

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López Obrador, que pela terceira vez busca a presidência, foi questionado sobre as ligações com o chavismo durante um programa da rede de TV Televisa. “É uma calúnia. Querem assustar. Mas faz parte da guerra suja”, disse o candidato, que acusou um grupo de empresários, a quem chama de “máfia no poder”, que estariam engajados em uma campanha contra ele. 

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Questionado sobre a crise econômica e política na Venezuela, López Obrador disse apenas que “as coisas não estão bem” no país e descreveu Chávez como “polêmico”. “Não tenho nenhuma relação com Chávez. Nunca o conheci.”

O candidato acusa um grupo de empresários de fraudar a eleição de 2006, quando ele perdeu por menos de 1% dos votos para o conservador Felipe Calderón, criticado por lançar uma operação militar antidroga que foi acompanhada por uma onda de violência que deixou mais de 200 mil mortos. 

De acordo com pesquisas recentes, López Obrador tem cerca de 40% dos votos e uma vantagem de 15 pontos porcentuais sobre Ricardo Anaya, do Partido de Ação Nacional (PAN), que tem cerca de 30% da preferência. José Antonio Meade, do governista Partido Revolucionário Institucional (PRI), aparece com 20%. 

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, faz campanha contra López Obrador, candidato que considera “um demagogo”.

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