Nobel da Paz defende ação militar contra o Irã

Eli Wiesel diz que é contrário à guerra, mas acredita que neste caso é necessário destruir as instalações nucleares

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Por Agencia Estado
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O Prêmio Nobel da Paz Eli Wiesel sugeriu numa entrevista publicada hoje (08) que uma ação militar poderia ser necessária para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. "Sou totalmente contrário à guerra e não suporto a idéia de me ouvir falando algo em favor de uma guerra. Não sou um general, mas talvez seja necessário enviar um comando para destruir instalações" nucleares iranianas, opinou Wiesel em entrevista concedida ao jornal israelense Haaretz. Laureado com o Nobel da Paz em 1986 pelo conjunto de sua obra (mais de 40 livros) e por militar em favor de grupos de vítimas de perseguição, Wiesel disse acreditar que o programa nuclear iraniano precisa ser contido "a qualquer custo". Judeu nascido na Romênia e sobrevivente do Holocausto, Wiesel disse ainda que o atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, "é o maior negador do Holocausto do mundo". Em Berlim, a recém-eleita líder da principal organização judaica da Alemanha qualificou Ahmadinejad como "o segundo Hitler" e opinou que ele não deveria ser autorizado a assistir à Copa do Mundo de futebol. As declarações de Charlotte Knobloch foram publicadas na edição de hoje do jornal Bild. Ela foi eleita ontem presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha. Ahmadinejad comentou em mais de uma ocasião que pretendia visitar a seleção de seu país durante a Copa do Mundo, que começa amanhã, mas até o momento não divulgou nenhum plano oficial. Segundo Knobloch, o governo alemão não deveria protegê-lo com imunidade diplomática, mas sim "investigá-lo e indiciá-lo."

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