
11 de outubro de 2009 | 08h06
O resultado desta estratégia para uma guerra que conta com o apoio de apenas 40% dos norte-americanos divide o seu governo e o espectro político do país. De um lado, com o apoio do secretário da Defesa, Robert Gates, e de parlamentares republicanos, o comandante das forças dos EUA no Afeganistão, general Stanley McChrystal, pede a ampliação do contingente. Do outro, alguns políticos democratas, incluindo o vice-presidente, Joe Biden, defendem que a ofensiva seja progressivamente reduzida a operações de contraterrorismo planejadas para derrotar a Al-Qaeda, sem se importar tanto com o Taleban.
Na campanha, Obama argumentava que, diferentemente do Iraque, a guerra no Afeganistão era justa. Ao assumir, decidiu enviar 21 mil soldados para o território afegão, aumentando para 68 mil o total de norte-americanos presentes no país, número considerado insuficiente por McChystal, que pede a ampliação do contingente. Sem as tropas adicionais, avalia o general, não será possível derrotar o Taleban e a Al-Qaeda.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, concorda com a necessidade de enviar mais soldados, mas não os 40 mil propostos pelo comandante das forças americanas. Já Biden argumenta que os EUA, por enquanto, devem manter o atual contingente, mas aumentando o uso de aviões não-tripulados e de forças especiais que têm obtido sucesso em operações de contraterrorismo. Dos 20 militantes mais procurados da Al-Qaeda, 11 foram mortos desde julho de 2008 em ações deste tipo. Nesta estratégia, seria levado em conta que o Taleban é um problema doméstico do Afeganistão que não oferece risco aos EUA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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