Nobel de Física vai para luzes de LED

Os japoneses Isamu Akasaki e Hiroshi Amano e o norte-americano Shuji Nakamura venceram o prêmio por tecnologia mais sustentável

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Por Redação
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O cientista japonês Isamu Akasak, ganhador do Nobel de Física Foto: Meiju University/Reuters

Os japoneses Isamu Akasaki e Hiroshi Amano e o cientista norte-americano Shuji Nakamura venceram o prêmio Nobel de Física nesta terça-feira pela invenção dos diodos de emissão de luz azul, importante descoberta que viabilizou o desenvolvimento da tecnologia LED, usada para iluminar telas de computador e smartphones modernos.

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A Real Academia Sueca de Ciências diz que a invenção tem apenas 20 anos, mas "já contribuiu para criar luz branca de uma maneira inteiramente nova para o benefício de todos".

Cientistas tentavam havia décadas produzir diodos azuis, que são um componente crucial na produção de luz branca do LED, quando os três laureados chegaram ao resultado no início da década de 1990.

O trabalho do trio transformou a tecnologia da iluminação, abrindo o caminho para as luzes de LED, que duram mais e são mais energeticamente eficientes do que fontes antigas de luz.

"Eles tiveram sucesso onde todos os demais falharam", disse o comitê do Nobel. "Lâmpadas incandescentes iluminaram o século 20; o século 21 será iluminado pelas lâmpadas de LED."

Akasaki, de 85 anos, é professor da Universidade Meijo e professor emérito da Universidade de Nagoya. Amano, de 54, também é professor da Universidade de Nagoya, enquanto Nakamura, de 60 anos, nascido no Japão, leciona na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.

Akasaki disse em coletiva de imprensa transmitida para todo o Japão que costumava ouvir que sua pesquisa não renderia frutos no século 20. "Mas eu nunca achei isso", disse ele. "Eu estava fazendo o que queria fazer"

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Akasaki e Amano criaram os diodos enquanto trabalhavam na Universidade de Nagoya, enquanto Nakamura trabalhava separadamente na empresa japonesa Nichia Chemicals.

Eles construíram seu próprio equipamento e realizaram milhares de experimentos, muitos dos quais falharam, antes de conseguir os avanços.

Em comunicado divulgado por sua universidade, Nakamura disse estar honrado em receber o prêmio. "É muito gratificante ver que meu sonho da luz de LED se tornou realidade", afirmou. "Eu espero que as lâmpadas de LED, com sua eficiência energética, ajudem a reduzir o consumo de energia e reduzir seus custos em todo o mundo."

O comitê do Nobel disse que o LED contribui para preservar os recursos naturais porque cerca de um quarto do consumo mundial de eletricidade vai para iluminação.

Essas lâmpadas são mais eficientes do que outras fontes de luz e tendem a durar dez vezes mais do que lâmpadas fluorescentes e 100 vezes mais do que uma lâmpada incandescente, disse o comitê. Associated Press.

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