
02 de dezembro de 2009 | 08h43
O ex-vice-presidente Dick Cheney disse ontem que os afegãos comuns prestam mais atenção no prazo para retirada - e não na estratégia para vencer. "Essas pessoas começam a procurar maneiras de se acomodarem com seus inimigos. les estão preocupados porque os EUA não estarão presentes por muito tempo e os homens maus estarão", disse. Segundo Cheney, Obama peca pela indecisão e por levar em conta pequenas questões políticas na hora de agir.
Alguns democratas, como o vice-presidente Joe Biden, argumentam que o ideal seria deixar de lado o combate ao Taleban, considerado um problema local do Afeganistão, e focar-se em ações cirúrgicas contra a Al-Qaeda no Paquistão, que já são levadas adiante por aviões não-tripulados. Nas últimas semanas, Biden amenizou o tom para entrar em sintonia com Obama.
O general Karl Eikenberry, atual embaixador dos EUA em Cabul e ex-comandante das Forças Americanas, concorda com o risco de elevar o contingente e adverte sobre o aumento na insatisfação dos soldados norte-americanos no Afeganistão. Eikenberry também cita a ausência de um parceiro no lado afegão. Assim como muitos no governo Obama, ele não considera o presidente Hamid Karzai uma pessoa confiável, especialmente após as fraudes nas eleições presidenciais.
Outros democratas alertam para o elevado custo da operação, estimado em US$ 40 bilhões, em uma operação cujo sucesso é incerto. Eles defendem que o presidente se preocupe mais com questões internas, como a aprovação da reforma do sistema de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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