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Nos EUA, voluntários convencem eleitores a ir às urnas

Por AE
Atualização:

Desesperado para atrair seu eleitorado às urnas, o Partido Democrata da Califórnia montou um esquema com voluntários para encorajar seus companheiros de legenda a votar no dia 2. Em San Fernando, maior distrito eleitoral dos Estados Unidos, cerca de cem voluntários - em sua maioria, estudantes do ensino médio - telefonam diariamente para mais de dez mil democratas da vizinhança. No dia da eleição, esse esquema vai se transformar em uma verdadeira perseguição de democrata a democrata.Segundo Agi Kessley, presidente do Partido Democrata local, a proposta não é convencer agora os independentes, os indecisos ou mesmo os republicanos a votar nos candidatos de sua legenda. A ideia é persuadir o eleitor democrata a sair de casa ou do trabalho para votar. Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório. Só pode cumprir esse dever o cidadão registrado em um dos dois partidos ou como eleitor independente. Como a lista de pessoas que votaram nos democratas na eleição de 2008 é pública, a cobrança partidária se torna viável.Até terça-feira, os estudantes já haviam telefonado para 160.167 democratas de San Fernando. Ali, vivem cerca de 2 milhões de eleitores. Os que atenderam positivamente ao chamado serão lembrados no fim de semana e no dia da eleição sobre seu dever e ainda vão encontrar um cartão pendurado na porta de suas casas com um convite para irem à urna. No dia 2, de hora em hora, voluntários checarão os nomes dos que ainda não compareceram. Estes receberão um novo apelo.Voto crucialEssa votação será crucial para o presidente dos EUA, o democrata Barack Obama. A chamada eleição de meio de mandato funciona, na prática, como um referendo do governo. Nos últimos dias, as pesquisas de intenção de voto indicaram que o Partido Democrata perderá a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados e correrá o risco de o mesmo ocorrer no Senado. Se confirmado, esse cenário trará dificuldades para a Casa Branca aprovar seus projetos no Congresso nos próximos dois anos e tornará incerta a perspectiva de reeleição de Obama em 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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