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Nova gafe de Bush: ''''Mandela está morto''''

Ele se referia, na verdade, a iraquianos que poderiam pacificar e unir o país

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Por Redação
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Durante entrevista coletiva na quinta-feira, o presidente dos EUA, George W. Bush, deixou sem fala os jornalistas que se apertavam na sala de imprensa da Casa Branca. Mal havia começado a responder às perguntas, Bush "anunciou a morte" do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. "Outro dia ouvi alguém dizer: ?Cadê o Mandela?? Bem, Mandela está morto." Depois de dois segundos de silêncio, o presidente acrescentou: "Mandela está morto, porque Saddam Hussein matou todos os Mandelas." Só aí Bush deixou claro que usara o sobrenome Mandela simbolicamente, referindo-se a iraquianos que poderiam ter trazido paz e união ao país, mas foram mortos. Ontem, a Fundação Nelson Mandela se pronunciou. De Johannesburgo, Achmat Dangor, executivo-chefe da organização, veio a público dizer que Nelson Mandela, de 89 anos, está bem de saúde. "Tudo o que podemos fazer é tranqüilizar as pessoas, especialmente os sul-africanos: o ex-presidente Mandela está vivo." Enquanto amplia seu estoque de gafes, Bush tenta barganhar mais dinheiro para a guerra no Iraque. A Casa Branca anunciou ontem que pedirá ao Congresso um reforço de caixa. O orçamento inicial previa a utilização de US$ 147 bilhões para as tropas americanas, verba já aprovada pelos congressistas. Contudo, o governo já avisou que esse dinheiro não será suficiente. "Não sabemos ainda quanto será, mas certamente gastaremos mais do que o previsto", afirmou ontem Tony Fratto, porta-voz d a Casa Branca. O jornal Washington Post, em sua edição de ontem, publicou que o pedido seria de US$ 50 bilhões, o que elevaria para US$ 200 bilhões os gastos com a guerra no próximo ano fiscal. REFUGIADOS O Departamento de Estado anunciou ontem que os EUA receberão 12 mil refugiados iraquianos. O governo Bush tem sido duramente criticado por congressistas democratas e grupos de defesa dos direitos humanos por dificultar a entrada de refugiados iraquianos. Assim, de acordo com o plano divulgado ontem, 18% das 70 mil vistos de refugiados dados pelo governo americano seriam concedidos a iraquianos.

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