A indicação de Salman, de 79 anos, não envolveu o Conselho da Aliança - grupo de príncipes montado por Abdullah em 2006 para a sucessão, uma vez que o monarca não tem a obrigação de acatar as recomendações do conselho. Analistas, no entanto, questionam o futuro do sistema projetado para facilitar a transição monárquica.
O príncipe Nayef, ministro do Interior desde 1975, é o responsável pela construção do extenso aparato de segurança saudita, responsável pelo combate à Al-Qaeda e minorias xiitas descontentes com a Casa de Saud. Após sua morte, seu irmão Ahmed foi indicado para sucedê-lo na pasta, o que alguns analistas veem como um sinal de que ele será o sucessor de Salman.
Até hoje, todos os reis sauditas são filhos do fundador do reino, o rei Abdulaziz Ibn Saud, morto em 1953. Estima-se que 20 deles ainda estejam vivos, com alguns ocupando postos-chave no governo. A maioria se julga no direito de reivindicar o direito à coroa.
O processo sucessório pode ficar mais complicado quando o direito à coroa passar para a geração dos netos de Abdulaziz. Os mais importantes no processo político saudita entre eles são o governador de Meca, príncipe Khaled al-Faisal , o governador da província oriental Mohammed bin Fahd e o chefe da Guarda Nacional, príncipe Mohammed bin Nayef.