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Nova ministra da Saúde da Argentina anuncia que está com coronavírus

Ela assumiu o cargo no dia 20, em meio à polêmica da 'vacinação VIP' que derrubou o então ministro Ginés González García

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Por Redação
Atualização:

BUENOS AIRES - A ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, que assumiu o cargo no sábado passado em meio à polêmica da "vacinação VIP", informou nesta sexta-feira, 26, que está infectada com o coronavírus.

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Vizzotti fez o anúncio no Twitter: "Quero dizer que fiz um (teste) swab como parte do procedimento necessário para entrar no Congresso no dia 1º de março e eles me informaram do resultado positivo", disse. “Por isso, estarei isolada nos próximos dias, seguindo o protocolo estabelecido”, acrescentou.

Na noite de quinta-feira, a ministra esteve no aeroporto de Ezeiza com o chefe de gabinete, Santiago Cafiero, e o chanceler, Felipe Solá, para receber o voo da China com 904 mil doses da vacina Sinopharm. 

A ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti (D), e o chefe de Gabinete, Santiago Cafiero, no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Solá foi vacinado, mas Cafiero não. Ele informou que fará quarentena. “Nos últimos dias compartilhei atividades com a ministra @carlavizzotti, que recentemente deu positivo para covid-19. Por isso estou em casa realizando o isolamento recomendado. Vamos continuar a cuidar de nós mesmos mais do que nunca”, escreveu no Twitter.

Como nova ministra, ela deveria comparecer ao Congresso na segunda-feira, perante o qual o presidente Alberto Fernández fará seu discurso anual de abertura do ano parlamentar. 

Apesar de seu papel estratégico no governo, Vizzotti, de 48 anos, ainda não foi vacinada contra o coronavírus porque, na Argentina, apenas o pessoal de saúde e pessoas com mais de 70 ou 80 anos estão sendo vacinados, segundo os distritos. 

O governo Fernández está envolvido na polêmica da "vacinação VIP", descoberta na sexta-feira passada, ao saber que figuras políticas, sindicais, empresariais e de comunicação ligadas ao peronismo e à corrente kirchnerista quebraram o protocolo e foram vacinadas sem esperar sua vez.

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O escândalo levou o presidente a pedir a renúncia do então ministro da Saúde, Ginés González García, e a nomear Vizzotti no seu lugar, durante uma investigação judicial sobre o ocorrido.

Enquanto isso, Vizzotti havia definido nesta sexta-feira o procedimento legal para vacinar os chamados "funcionários estratégicos" que atuam nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Como secretária de Acesso à Saúde, cargo que mantinha até sábado passado, Vizzotti viajou em janeiro para a Rússia para coordenar a primeira entrega das vacinas Sputnik V. 

Com 44 milhões de habitantes, a Argentina registra mais de 2 milhões de casos e cerca de 52 mil mortos pelo coronavírus./EFE e AFP 

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