
29 de maio de 2015 | 13h10
WASHINGTON - Os EUA retiraram oficialmente o nome de Cuba da lista do Departamento de Estado dos países que promovem o terrorismo nesta sexta-feira, 29, em um passo fundamental para a retomada das relações diplomáticas entre os dois países.
A medida ainda precisa ser publicada no diário oficial dos EUA, chamado Registro Federal, mas o governo afirmou que a retirada se torna efetiva "imediatamente".
"O prazo de 45 dias de notificação ao Congresso acabou e o secretário de Estado tomou a decisão final de rescindir a nomeação de Cuba como Estado promotor do terrorismo, que se torna efetiva a partir de hoje (sexta)", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Jeff Rathke, em uma nota.
Os EUA ainda têm "significativas preocupações e divergências" com Cuba, mas nenhuma justifica a permanência de Cuba na lista, segundo a chancelaria americana.
"Cuba não proporcionou nenhum apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses e, além disso, proporcionou garantias de que não apoiará atos de terrorismo no futuro", justifica a nota do Departamento de Estado sobre a retirada da ilha da lista - na qual estão Irã, Síria e Sudão.
Decisão. No dia 14 de abril, após sua histórica reunião com o presidente cubano, Raúl Castro, realizada no Panamá durante a Cúpula das Américas, Obama anunciou sua decisão de eliminar Cuba dessa lista, na qual a ilha está desde 1982.
A revisão da lista foi encomendada por Obama em dezembro do ano passado a seu secretário de Estado, John Kerry, o que levou o governo americano a determinar que já não há motivos para que a ilha continue nela. /AP
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