08 de junho de 2015 | 10h18
KRUEN, ALEMANHA - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, procurou dissipar novos sinais de rebelião no seu Partido Conservador sobre a União Europeia (UE), dizendo que os ministros terão de apoiar sua estratégia para o bloco ou deixar o governo.
Falando à margem de uma reunião na Alemanha do Grupo dos Sete (G-7), Cameron, que antes de ser reeleito prometeu que iria renegociar a relação do país com a UE, indicou que não tolerará dissidências.
"Se você quer ser parte do governo, você tem que assumir que estamos empenhados em um exercício de renegociação para realizar um referendo, e isso levará a um resultado bem-sucedido", disse o premiê a repórteres, quando indagado se permitiria que os ministros votassem de acordo com sua consciência. "Todo mundo no governo já se comprometeu com o programa estabelecido no manifesto conservador."
Cameron prometeu realizar o referendo sobre a permanência do país na UE até o final de 2017. Ele disse que está confiante em chegar a um acordo que lhe permita recomendar aos britânicos votarem em favor da permanência no bloco de 28 nações, união da qual faz parte desde 1973.
No entanto, sua situação é vulnerável, pois ele tem uma maioria de apenas 12 cadeiras no Parlamento de 650 lugares. Uma rebelião sobre a Europa em sua própria bancada poderia inviabilizar a agenda legislativa mais ampla.
Cameron falou depois que um grupo de mais de 50 parlamentares de seu partido disse estar disposto a endossar uma campanha em apoio à saída britânica da UE, conhecida como “Brexit”, a menos que ele consiga mudanças radicais no bloco. Esse é o primeiro sinal de revolta dos eurocéticos desde que Cameron foi reeleito no mês passado. /REUTERS
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