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Nova onda mundial de protestos contra a guerra

Por Agencia Estado
Atualização:

As marchas e protestos contra a guerra no Iraque se repetiram hoje em muitos países e mostraram força nos Estados Unidos, onde os pacifistas se reuniram em frente ao Rockefeller Center, em Nova York. Cerca de 200 deles foram detidos após bloquearem o trânsito na Quinta Avenida. Vários manifestantes - entre 1.000 e 2.000, segundo os organizadores - protestaram em frente ao Rockefeller Center deitando-se no asfalto para simular a morte, em lembrança às vítimas do conflito bélico lançado pelos Estados Unidos e a Grã-Bretanha, sem o aval da ONU. Tais manifestantes eram acompanhados por gritos dos demais: "Não à guerra, não ao petróleo, não ao lucro fácil". O horário escolhido pelos manifestantes não poderia ter sido melhor para que sua voz fosse ouvida: às 8h20 locais, justamente num dos momentos de maior trânsito no coração de Manhattan. A polícia nova-iorquina deteve cerca de 200 pessoas, que foram levadas a um distrito policial. Neste momento, no entanto, o congestionamento do trânsito já havia obrigado as autoridades a fecharem as ruas próximas, levando o caos à área. "Sou contra esta guerra ilegal, esta agressão", disse Daniel Grulich, um dos manifestantes, enquanto outro lamentava o dinheiro gasto nas ações militares. "Os US$ 75 bilhões solicitados pelo governo americano para financiar a operação ´Liberdade Iraquiana´ teria permitido uma maior quantidade de policiais nas ruas, para melhorar a segurança nos portos e aeroportos e, assim, combater o verdadeiro terrorismo", afirmou. Depois de duas horas o protesto terminou, mas alguns dos manifestantes se reagruparam em outras áreas de Nova York para levar adiante outras ações de "distúrbio criativo" em frente a escritórios de empresas petrolíferas e companhias que têm negócios com o Pentágono. No Equador e no México, atos de violência foram somados a manifestações pacíficas, com lojas da cadeia de restaurante americana McDonald´s sendo danificadas, enquanto que no Chile e na Bolívia houve protestos em frente às embaixadas dos Estados Unidos. No Chile, centenas de camponeses, políticos da oposição e universitários marcharam em frente à sede diplomática americana em Santiago. Durante a marcha, os participantes chicotearam um boneco de Bush, para depois incendiá-lo. No Paraguai, cerca de 2.000 estudantes participaram de uma manifestação pela paz e em repúdio à guerra contra o Iraque em Ciudad del Este, localizada na região da Tríplice Fronteira. Em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, cerca de 1.000 palestinos, em grande parte agricultores, participaram de um protesto contra a guerra. No Egito, dezenas de milhares de pessoas manifestaram contra o conflito no estádio de esportes de Zagazig, no Delta do Nilo, a cerca de 80 quilômetros a leste do Cairo. Veja o especial :

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