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Nova troca de tiros na Basílica da Natividade

Por Agencia Estado
Atualização:

Palestinos armados entrincheirados desde o dia 2 no complexo da Basílica da Natividade, em Belém, trocaram tiros hoje por cerca de 45 minutos com soldados israelenses que cercam o local. Em meio aos choques, um ônibus se incendiou nas proximidades da Igreja de Santa Catarina, no interior do complexo e um segundo foco de incêndio teve início em outro edifício. Nas últimas semanas, pelo menos dois palestinos foram mortos no interior do complexo por atiradores israelenses. Israel exige a rendição dos palestinos e a entrega de alguns - estimados pelos israelenses entre 20 e 30 - procurados por envolvimento em atentados. Religiosos católicos romanos, ortodoxos gregos e cristãos armênios também estão no complexo - erguido no local onde, segundo a tradição, nasceu Jesus Cristo - e vêm anunciando a rápida deterioração da situação na medida em que o alimentos e água potável começam a ficar escassa. Desde o início do sítio, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido. O Exército israelense confiscou as credenciais de 17 jornalistas estrangeiros e palestinos que cobriam o conflito em Belém. Os jornalistas foram parados a cerca de 400 metros da Praça da Manjedoura e do complexo da basílica, onde um oficial insistiu para que entregassem as credenciais. Dois ativistas anti-Israel do Hamas foram mortos num choque com militares israelenses que reocuparam hoje a aldeia de Asira Shamalia, localidade perto de Nablus. Os tanques de Israel tinham se retirado de quase todas as cidades da Cisjordânia no fim de semana - com exceção de Belém e Ramallah, onde o quartel-general de Yasser Arafat permanece cercado -, mas mantêm-se nas proximidades para incursões rápidas em busca de suspeitos de participar de ataques extremistas. Tropas israelenses estão entrando também na Faixa de Gaza, onde choques armados deixaram cinco palestinos e um soldado de Israel mortos hoje. Em Ramallah, um ativista do grupo radical palestino Brigadas dos Combatentes de Al-Aqsa, braço armado do grupo Fatah - ao qual pertence Arafat - abriu fogo contra três palestinos, acusados de colaborar com Israel. Um deles morreu.

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