
04 de abril de 2019 | 03h31
SYDNEY - A polícia da Nova Zelândia confirmou nesta quinta-feira, 4, que apresentou 50 acusações de homicídio e 39 de tentativa de homicídio contra o australiano Brenton Tarrant. Ele é acusado do atentado terrorista em duas mesquitas da cidade de Christchurch no dia 15 de março.
As autoridades indicaram, em comunicado divulgado nas redes sociais, que consideram a possibilidade de apresentar outras acusações relacionadas à agressão armada em recintos religiosos. Existe a previsão que Tarrant, preso desde o dia do massacre, compareça nesta sexta-feira ao Tribunal Superior de Christchurch.
Na audiência do dia seguinte ao ataque, Tarrant rejeitou seu advogado e disse que planeja se defender sozinho das acusações contra ele. O agressor, de 28 anos, permanece lúcido e sem qualquer tipo de arrependimento, indicou na época o advogado Richard Peters - indicado na época para defender Tarrant.
Ele disse que o acusado não parecia ser mentalmente instável, além de expressar sua ideologia extremista. Segundo o advogado, Tarrant procura utilizar o processo como alto-falante da sua ideologia.
Cinquenta pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas no ataque indiscriminado contra os fiéis muçulmanos que estavam nas mesquitas antes da tradicional oração do meio-dia. Após o massacre, a Nova Zelândia procura alterar a lei de armas para proibir a posse de armas militares semiautomáticas e fuzis de assalto, como as utilizadas para cometer o massacre.
Cerca de 250 mil pessoas possuem licenças padrões de categoria A para porte de armas no país. Essa licença permite aos maiores de 16 anos possuírem e utilizarem rifles e escopetas após testes policiais.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.