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Nova Zelândia começa a liberar corpos de vítimas do massacre para as famílias

Comunidade muçulmana pede agilidade, pois a religião estabelece o prazo de 24 horas para realizar os enterros

Por EFE
Atualização:

CHRISTCHURCH - As autoridades da Nova Zelândia começarão neste domingo, 17, a devolver aos familiares os corpos das 50 vítimas no atentado de Christchurch, anunciou a primeira-ministra do país, Jacinda Ardern. Parentes e representantes da comunidade muçulmana pedem que se acelere esta entrega para poder realizar os ritos funerários conforme sua religião, que estabelece um prazo de 24 horas para enterrar os mortos.

No momento do atentado, a mesquita Masjid Al Noor estava repleta de fiéis. Foto: Martin Hunter / SNPA / Reuters

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"Os corpos vão começar a ser devolvidos ao final da tarde. Será um pequeno número. Esperamos que todos tenham sido devolvidos até quarta-feira", declarou Ardern à imprensa em Wellington, depois de se reunir com a comunidade muçulmana da capital. As vítimas tinham entre 3 e 77 anos de idade. 

Tanto o Governo como a polícia neozelandesa expressaram sua compreensão e interesse em satisfazer a reivindicação, mas pediram paciência para que o legista conclua a identificação dos corpos.

Ardern também informou que o principal suspeito e único acusado, por enquanto, o australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, se encontra em uma cela de segurança máxima à espera de depor novamente no dia 5 de abril.

A primeira-ministra disse ter pedido conselho sobre uma possível repatriação de Tarrant, acusado, por ora, de assassinato, mas garantiu que tanto a acusação como o julgamento acontecerão na Nova Zelândia. Ela também disse que reforçará a presença policial em Christchurch no primeiro dia útil da semana, e que esta se manterá nas mesquitas de todo o país durante a realização de preces.

Manifesto

Ardern confirmou que, nove minutos antes do ataque à primeira das duas mesquitas, seu escritório recebeu pelo correio eletrônico o manifesto no qual Tarrant justificava sua ação, e que também foi enviado a outros 30 destinatários, incluindo políticos, instituições e meios de comunicação.

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Segundo a governante, a mensagem foi entregue para os responsáveis de segurança dois minutos depois da seu recebimento, mas ela "não incluía nem o local nem dados específicos" sobre o ataque. 

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