06 de outubro de 2021 | 15h00
À medida em que se aproxima da reabertura da sua economia, a Nova Zelândia espera vacinar cerca de 350.000 pessoas num único dia, no maior esforço de imunização contra a covid-19 no país desde o início da pandemia, e, também no momento em que luta contra a variante Delta.
As clínicas de vacinação estarão abertas durante o dia todo no sábado, 16, disse Chris Hipkins, ministro que lidera a resposta contra a covid-19 da Nova Zelândia. As instalações poderão vacinar 350.000 pessoas — cerca de 8,3% da população elegível de pessoas com 12 anos ou mais, disse ele.
“Tal como no dia das eleições, vamos pedir a todos os nossos líderes cívicos e políticos que contribuam para os nossos esforços”, disse Hipkins.
O país teve uma das respostas mais bem-sucedidas à pandemia, registrando apenas 28 mortes pelo vírus. Ainda assim, após um ano e meio perseguindo uma estratégia de "covid zero", no início da semana o país anunciou que desistiu do plano.
Embora pareça tarde para começar a campanha de vacinação, a Nova Zelândia está a caminho de imunizar totalmente, até o fim de novembro, cerca de 90% de sua população apta à imunização.
A Nova Zelândia é o mais recente país a concentrar intensos esforços de vacinação num único dia. Em agosto, a Tunísia vacinou mais de 500.000 pessoas numa única data, e neste mês, a Índia disse ter aplicado 25 milhões de doses num só dia para comemorar o aniversário do primeiro-ministro do país, Narendra Modi.
Nesta quarta-feira, 6, 50% da população apta da Nova Zelândia tinha recebido duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, único imunizante utilizado no país, enquanto 80% tinham recebido a primeira dose.
A Nova Zelândia também está reduzindo de seis para três semanas o tempo entre a primeira e a segunda dose, mudança que significa que "mais pessoas podem ser totalmente vacinadas mais cedo, aumentando a nossa imunidade comunitária", disse um funcionário do Ministério da Saúde em comunicado.
No ritmo atual, o país aplica 17.000 primeiras doses e cerca de 46.000 segundas doses por dia, de acordo com os dados mais recentes. A taxa de primeiras doses diárias aplicadas tem caído, baixando mais de três quartos em relação à alta de aplicações em agosto, que teve 67.000 doses por dia.
A Nova Zelândia não estabeleceu um objetivo de vacinação nem uma data para aliviar as medidas restritivas, que já duram sete semanas, embora a primeira-ministra Jacinda Ardern tenha dito na terça-feira que o país iria adotar um certificado nacional de vacinação que seria necessário para a entrada em "locais de alto risco", como festivais de música no verão. / NYT
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