Autoridades da Nova Zelândia tentam descobrir a origem do novo surto de coronavírus no país. Nesta quinta-feira, 13, mais 14 casos foram registrados. Na terça-feira, a Nova Zelândia confirmou novas infecções após mais de três meses sem registrar casos de transmissão comunitária.
A descoberta de quatro pessoas infectadas da mesma família, em Auckland, deixou o país em choque e gerou críticas sobre as medidas adotadas pelo governo para conter a disseminação do vírus.
A Nova Zelândia anunciou nesta quinta-feira que foram registrados 13 casos de transmissão comunitária nas últimas 24 horas e 1 infectada que chegou de outro país e está em quarentena. No momento, a Nova Zelândia tem 36 casos ativos do novo coronavírus.
"Nós podemos ver a seriedade da situação em que estamos", disse a primeira-ministra Jacinda Ardern em um pronunciamento na televisão. "Está sendo tratada com urgência, mas de uma maneira calma e metódica".
Ardern impôs restrições de circulação em Auckland e medidas de distanciamento social em outras regiões do país nesta quarta-feira, atitudes que já havia tomado no início da pandemia e pelas quais foi elogiada em todo o mundo.
A primeira-ministra destacou que a experiência com a covid-19 mostra que "as coisas vão piorar antes de melhorar" e que mais casos devem ser registrados nos próximos dias.
"Mais uma vez somos lembrados do quão complicado é esse vírus e de como pode se espalhar facilmente", disse ela. "Agir cedo ainda é a melhor medida".
Dúvidas sobre a origem dos novos casos levantaram questionamentos sobre a estratégia do governo. Autoridades afirmaram nesta quinta-feira que três colegas de trabalho de um dos membros da família infectada testaram positivo para o coronavírus. Eles trabalham em um local de armazenagem refrigerada de produtos.
O diretor-geral de Saúde, Ashley Bloomfield, disse que autoridades sanitárias estão perto de encontrar o paciente zero do novo surto.
"Estamos trabalhando a todo vapor para rastrear os contatos e traçar a origem dessa infecção", disse Bloomfield. Na quarta-feira, ele levantou a possibilidade de que o vírus teria chegado ao país via cargas importadas.
Já nesta quinta-feira, ele disse que a hipótese era "pouco provável", mas não detalhou outras possíveis fontes./REUTERS