17 de dezembro de 2010 | 09h55
Atualizado às 17h35
LANDIKOTAL - Três bombardeios teleguiados dos EUA mataram 54 supostos militantes nesta sexta-feira, 17, no noroeste do Paquistão, na região da fronteira com o Afeganistão.
Segundo autoridades, entre os mortos há líderes de uma facção aliada do Taleban que estavam em reunião quando ocorreram os ataques. Seria o quarto ataque desse tipo em dois dias.
A administração Obama intensificou os ataques com mísseis no noroeste do Paquistão desde que o presidente assumiu o poder, com o objetivo de enfraquecer redes terroristas que oficiais americanos acusam de estar por trás da violência contra as tropas dos EUA na fronteira com o Afeganistão.
O primeiro míssil atingiu dois veículos na zona de Sandana, no vale de Tirah, e matou sete militantes. Nove ficaram feridos. Acredita-se que os homens pertençam ao Taleban paquistanês.
Depois, mísseis atingiram um comboio na vila de Speen Darang, onde o Lashkar-e-Islam, um grupo aliado ao Taleban, estava em reunião. 32 pessoas foram mortas, entre eles comandantes da facção. O terceiro ataque ocorreu na vila de Narai Baba e matou 15 militantes.
Os EUA costumam realizar bombardeios no território paquistanês, mas eles ocorrem principalmente na região tribal do Waziristão do Norte. O desta sexta-feira aconteceu na região de Khyber, área de atuação do grupo Lashkar-e-Islami, um aliado eventual do Taleban paquistanês.
Analistas dizem que os ataques americanos no Paquistão devem se manter ou até mesmo se intensificar depois da divulgação, na quinta-feira, de uma revisão estratégica do governo americano a respeito do conflito no vizinho Afeganistão.
O texto apontou progressos substanciais, mas "desiguais" na cooperação com o aliado Paquistão para o combate a militantes na região da fronteira.
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