
01 de dezembro de 2009 | 16h21
Aos 62 anos, o diplomata disse que assume a AIEA com uma série de "temas difíceis e desafios" pela frente. Amano substitui o diplomata egípcio Mohamed ElBaradei em um momento particularmente difícil, pelo longo impasse com o Irã cuja solução parece mais distante do que nunca.
Na semana passada, o conselho de 35 membros da AIEA aprovou uma moção de censura contra o Irã, por causa do controverso programa nuclear do país persa. Após quase sete anos de investigações intensivas, a AIEA ainda não conseguiu confirmar que esse programa nuclear é totalmente pacífico, como Teerã alega.
Em retaliação, o regime iraniano anunciou na semana passada que pretende construir mais 10 usinas para enriquecer urânio. O país persa condenou a moção da AIEA e inclusive questionou a importância do Tratado de Não Proliferação, o que não havia ocorrido antes.
A posse de Amano, que serviu como embaixador do Japão na AIEA desde agosto de 2005 até sua seleção como diretor-geral, em julho de 2009, marca uma nova era na agência, após 12 anos de ElBaradei no cargo. O egípcio foi várias vezes criticado durante seus três mandatos, por ser muito leve com o Irã e por extrapolar suas atribuições na agência técnica, ao fazer comentários políticos.
Amano prometeu ser "imparcial, confiável e profissional como diretor-geral". Em Tóquio, o ministro das Relações Exteriores japonês, Katsuya Okada, disse que estava "sincera e profundamente satisfeito" com o fato de Amano se tornar o primeiro asiático a chefiar a AIEA.
A agência enfrenta ainda outras questões, como o programa nuclear da Coreia do Norte e a necessidade de fortalecer a cooperação técnica no setor de energia nuclear entre as nações, entre outros temas, lembrou Okada. As informações são da Dow Jones.
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