Novo presidente da Bolívia enfrenta protestos

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Por Agencia Estado
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Treze dias depois de sua posse, o presidente Carlos Mesa enfrentou os primeiros protestos: duas greves de fome e um bloqueio rodoviário contra a nomeação de governadores. O mandatário afirmou ter lançado mão do "benefício da dúvida" ao nomear os governadores de La Paz, Beni e Oruru, que são questionados por organizações civis e de camponeses, as mesmas que obrigaram a renúncia do antecessor de Mesa, Gonzalo Sánchez de Lozada, em 17 de outubro. "Peço o benefício da dúvida, não para mim, mas para o país. Se essas autoridades (os governadores) não forem competentes, serei o primeiro a pedir para que saiam", afirmou Mesa. Um grupo de membros do Comitê Cívico Pró La Paz, de escassa representatividade, declarou-se em greve de fome para que Mesa retire a nomeação do indígena Nicolás Quenta como governador da capital, por se tratar de um desconhecido. Mais tarde, o dirigente dos camponeses de La Paz se somou ao grupo para pedir a saída de Quenta. Em Beni, na selva amazônica, grupos sindicais mantiveram uma rodovia bloqueada para exigir a demissão do governador nomeado Edwin Rivero, que é acusado de ter ligações com Sánchez de Lozada. Em Oruro, vários sindicatos que rejeitaram a designação do governador Walter Lague deram a Mesa um prazo de dez dias para demiti-lo.

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