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Novo terremoto de 6,3 graus sacode Fukushima

Tremor, sentido com clareza em Tóquio, não gerou alerta de tsunami e pode ter causado mudanças no nível do mar

Por Efe
Atualização:

TÓQUIO - Um terremoto de 6,3 graus na escala Richter sacudiu nesta terça-feira, 12, novamente o nordeste do Japão com epicentro na província de Fukushima, sem gerar alerta de tsunami, informou a Agência Meteorológica japonesa.

 

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O terremoto, sentido com clareza em Tóquio, ocorreu às 14h07 da hora local (2h07 de Brasília) com epicentro a dez quilômetros de profundidade no sul de Fukushima, segundo a Agência Meteorológica, que assinalou que pode haver ligeiras mudanças no nível do mar.

 

Os trabalhadores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, onde prosseguem os esforços para estabilizar os reatores atômicos danificados pelo tsunami de 11 de março, foram temporariamente evacuados, indicou a Tepco, a operadora da central.

Apesar disso, um porta-voz da companhia precisou que não foram detectadas anomalias na usina, enquanto está sendo comprovado o estado da provisão elétrica.

 

O tremor acontece depois que nesta segunda-feira outro forte sismo de 7 graus na escala Richter no litoral de Fukushima deixou quatro mortos.

 

Além disso, na manhã desta terça-feira um terremoto de 6,4 graus na província de Chiba foi sentido com clareza em Tóquio e levou à paralisação temporária das linhas de metrô da capital e do trem-bala.

 

As contínuas réplicas do grande terremoto de 9 graus que sacudiu o nordeste japonês em 11 de março (mais de 400, segundo a Agência Meteorológica do Japão) complicam ainda mais os trabalhos na usina nuclear de Fukushima, seriamente danificada pelo tsunami causado pelo forte tremor.

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Nesta terça-feira, a Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou o nível de gravidade do acidente nuclear de Fukushima de 5 para 7 - o índice máximo -, tal qual o ocorrido em Chernobyl em 1986.

 

Segundo a agência, os reatores danificados estiveram liberando grande quantidade de substâncias radioativas no ar, no que corresponde ao nível 7 fixado na Escala Internacional de Ocorrências Nucleares e Fatos Radiológicas (Ines).

 

A agência lembrou, no entanto, que as emissões radioativas da central de Fukushima são apenas 10% das liberadas durante o acidente de Chernobyl, que aconteceu quando o reator operava em capacidade máxima, enquanto no Japão as operações haviam sido paralisadas pelo terremoto.

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