16 de março de 2012 | 13h32
Os confrontos ocorreram horas antes de dezenas de milhares de pessoas realizarem protestos em muitas cidades sírias após as orações de sexta-feira, algo que já se tornou uma tradição no país. As manifestações se espalharam a partir da cidade de Aleppo, no norte, para as regiões centrais de Hama e Homs, e para a província de Deraa, no sul.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, e os Comitês de Coordenação Locais (CCL) disseram que forças de segurança abriram fogo contra vários manifestantes, matando uma pessoa na cidade de Hassaka, nordeste do país, e ferindo várias pessoas em Aleppo.
Um vídeo amador postado na internet mostra centenas de pessoas marchando na cidade de Raqqa, no norte, pouco antes de serem alvo de disparos, o que fez com que fugissem. Imagens mostram os manifestantes carregando pelo menos dois feridos.
O Ministério de Relações Exteriores sírio disse em carta enviada nesta sexta-feira aos líderes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Conselho de Segurança que Damasco vai manter a repressão, ao mesmo tempo que vai cooperar com Kofi Annan, o enviado encarregado de tentar ajudar a acabar com a violência na Síria.
O comunicado foi divulgado horas depois de a Rússia, forte aliada da Síria, ter afirmado que encorajou o governo sírio a cooperar com Annan e ter pedido ao Ocidente que faça o mesmo com os rebeldes sírios.
O Observatório disse que o confrontos em Tal, subúrbio da capital, duraram até as primeiras horas desta sexta-feira. O Observatório e o CCL disseram que também ocorreram confrontos em outras áreas próximas a Damasco, dentre elas Dumair e Qatana na noite de quinta-feira.
Os dois grupos também relataram confrontos entre tropas e desertores militares, grupo conhecido como Exército Livre Sírio, na cidade de Deir el-Zor, que faz fronteira com o Iraque. Uma pessoa foi morta. Eles também informaram que tropas do governo bombardearam a cidade de Rastan, ao norte de Homs, matando uma pessoa. As informações são da Associated Press.
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