PUBLICIDADE

NRA diz que Congresso não aprovará proibição de armas

Por AE
Atualização:

A principal entidade que faz lobby para a indústria de armas nos Estados Unidos, a Associação Nacional do Rifle (NRA, pela sigla em inglês) afirma que não há votos suficientes no Congresso para aprovar a proibição do uso de armas de assalto, embora o vice-presidente Joe Biden tenha se encontrado com congressistas um dia antes de enviar ao presidente Barack Obama uma série de propostas para reduzir os tiroteios em massa e outros tipo de violência armada. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Obama disse que não está preocupado com a política, mas com o que precisa ser feito para reduzir a violência armada. "Precisamos de respostas que deixem a política de lado. Isso é o que eu espero do Congresso. Checagem universal forte de antecedentes e melhorar o trabalho para manter armas de alta capacidade fora das mãos de pessoas erradas. Proibir armas de assalto é significativo. Se tudo isso vai passar no Congresso eu não sei", afirmou Obama. "Mas precisamos ser honestos com os americanos e trabalhar por algo que faça diferença." O presidente afirmou que deve falar mais sobre esse assunto no final desta semana e que vai se reunir ainda hoje com o vice-presidente Biden, encarregado da força-tarefa que discute o controle de armas. Como exemplo de ações executivas potenciais, Obama salientou melhorar os dados sobre armas que caem nas mãos de criminosos e "para aqueles que se opõem às medidas de senso comum de controle de armas que aumentem seus temores de que o governo vai tirar as armas de suas mãos", preveniu o presidente. A NRA evitou até o momento a aprovação de outra lei contra uso de armas como a que expirou em 2004, mas alguns deputados disseram que o tiroteio na escola em Connecticut mês passado, onde um homem com um rifle de alto poder de fogo, comprado legalmente, matou 20 crianças e seis adultos, transformou o debate e que os americanos já estão prontos para leis que restringem a posse de armas. As informações são Associated Press e Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.