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Número 2 do chavismo repudia acusações de envolvimento com o tráfico

Presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello convocou ofensiva virtual para responder às acusações de que seria chefe do narcotráfico

Por Felipe Corazza e Caracas
Atualização:

CARACAS - O presidente da Assembleia Nacional venezuelana e número dois do chavismo, Diosdado Cabello, convocou uma ofensiva virtual para responder às acusações feitas por seu ex-chefe de segurança, Leamsy Salazar.

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Após ter fugido para os Estados Unidos, Salazar está cooperando com a DEA, agência antidrogas americana, e afirmou em depoimento que Cabello seria o chefão do Cartel de los Soles, quadrilha de narcotráfico que envolveria boa parte do alto comando militar venezuelano.

Desde a tarde da terça-feira, 27, centenas de mensagens de apoio ao líder do chavismo no poder Legislativo foram enviadas em redes sociais. O próprio Cabello afirmou, pelo Twitter, que as acusações são falsas. "Cada ataque contra minha pessoa fortalece meu espírito e meu compromisso. Agradeço infinitamente as demonstrações de solidariedade de nosso povo". 

Em seguida, reproduziu mensagens de sua filha, sua mulher e fotos de manifestações de apoio organizadas às pressas por grupos chavistas.

Episódios recentes não totalmente esclarecidos marcaram a Venezuela como rota de passagem para o narcotráfico, especialmente para cocaína produzida na Colômbia, com destino à Europa. O mais significativo foi a apreensão de 1,4 tonelada da droga em um avião da Air France que saiu de Caracas e pousou em Paris. A carga de droga foi encontrada pelas autoridades francesas.

Em outro caso, há menos de um mês, um barco registrado na Venezuela foi interceptado por uma embarcação policial espanhola. A bordo, foi encontrada 1,5 tonelada de cocaína. Em março de 2013, policiais espanhóis encontraram, em outro barco saído da Venezuela, cerca de 2 toneladas da droga.

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