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Número de desabrigados chega a 400 mil em Sumatra

Números oficiais de vítimas das inundações são de 69 mortos e 205 desaparecidos

Por Agencia Estado
Atualização:

As inundações ocorridas no norte da ilha indonésia de Sumatra já causaram o deslocamento de mais de 400 mil pessoas, informaram nesta quinta-feira fontes das Nações Unidas. "Já há mais de 400 mil deslocados internos pela catástrofe, segundo os números do governo", confirmou Laksmita Novira, porta-voz da ONU em Jacarta. "Mais de 365 mil pessoas tiveram de abandonar seus lares na província de Aceh, enquanto na vizinha província do Norte de Sumatra há cerca de 45 mil deslocados internos", detalhou Novira. "Os números oficiais de vítimas seguem sendo de 69 mortos e 205 desaparecidos", disse a porta-voz, que explicou que o número de 500 mortos divulgado na quarta-feira por um dirigente do distrito de Aceh Tamiang, o mais atingido pelo desastre, ainda não foi confirmado pelas autoridades e pode estar errado. "Continuamos enviando diariamente todos os comboios com alimentos que podemos", disse Satoko Nakagawa, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Reconstrução em Banda Aceh, que culpou as dificuldades para chegar a muitas regiões devido aos danos sofridos pelas infra-estruturas locais. "Infelizmente, continua chovendo nesta quinta-feira em alguns distritos, embora em outros, como Aceh Utara, a água já tenha começado a baixar", manifestou Nakagawa. "Muitas áreas no distrito de Aceh Tamiang permanecem até isoladas, centenas de pessoas estão incomunicáveis porque os deslizamentos de terra cortaram a comunicação terrestre e interrompeu as telecomunicações", disse. Mesmo assim, a ONU, que conta com apenas um helicóptero para distribuir ajuda por ar, conseguiu fazer chegar a Aceh Tamiang seis caminhões com 7,5 toneladas de ajuda não alimentícia. "Nas últimas horas, restabeleceu-se a comunicação por estrada de Medan (capital da província Norte de Sumatra) para Aceh Tamiang, o que nos permite mobilizar mais caminhões", assegurou. As equipes médicas enviadas à região pelas ONGs, instituições internacionais e o Ministério da Saúde indonésio tentam agora evitar a expansão de epidemias. Um voluntário da Cruz Vermelha indonésia identificado como Iqbal disse à imprensa local que boa parte dos desabrigados sofre com diarréia e doenças respiratórias e de pele. Além disso, Iqbal afirmou que várias das vítimas passam fome e desidratação, o que faz com que comam qualquer coisa que encontrem, como galhos de plantas.

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