06 de maio de 2015 | 13h05
GENEBRA - O número de desalojados em seus próprios países foi o pior em uma geração no último ano, mas houve poucos sinais de ações por parte dos governos em relação ao problema, disse o Conselho Norueguês de Refugiados nesta quarta-feira.
"Cada dia do ano passado 30 mil homens, mulheres e crianças foram forçados a saírem de suas casas em razão de conflitos e violência", disse o secretário-geral da agência, Jan Egeland, durante entrevista coletiva em Genebra.
O número total de desalojados aumentou em 11 milhões e chegou a um recorde de 38 milhões. Esse número não inclui as pessoas que deixaram seus países e se tornaram refugiadas, embora muitos dos que hoje estão desalojados possam se tornar refugiados no futuro, disse Egeland.
Egeland, ex-autoridade humanitária na Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório sobre desalojados em 60 países. Seis a cada dez pessoas desalojadas em 2014 estavam em somente cinco países: Iraque, Sudão do Sul, Síria, República Democrática do Congo e Nigéria.
A Síria se tornou "o país número um em desalojamentos nesta geração", com 7,6 milhões de desalojados internos e 4 milhões de refugiados, mas evitar essa situação era possível, disse Egeland.
Para isso, é preciso investimentos diplomáticos, políticos, econômicos e sociais por parte dos governos, especialmente das maiores potências com influência para parar guerras, disse. / REUTERS
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