30 de março de 2009 | 18h24
O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat), que organiza um evento importante esta semana na capital do Quênia, disse que o número de moradores de favelas no mundo pode triplicar para 3 bilhões até 2050, se nada for feito.
Delegados de dezenas de países, organizações não-governamentais e grupos da sociedade civil estão reunidos em Nairóbi para discutir como alocar recursos para o problema nos próximos dois anos diante da pior crise financeira desde a Grande Depressão.
"A persistência da pobreza humana é em grande parte resultado de economias e finanças urbanas enfraquecidas", disse Ban em um discurso lido em seu nome no encontro.
"A atual crise financeira global e a restrição de crédito apenas exacerbam essa situação. Há o risco de que nossos esforços para lidar com a crise de habitação sofram um retrocesso."
As favelas são mais comuns na África subsaariana, onde 62 por cento da população urbana mora de forma inadequada. Depois vêm o sul da Ásia, com 43 por cento, e a Ásia Oriental, com 37 por cento, disse Moon.
A diretora do UN-Habitat, Anna Tibaijuka, disse que a crise do sub-prime norte-americana foi um "divisor de águas", colocando a moradia acessível na agenda como uma questão econômica, e não social.
Ela disse que parcerias público-privadas são essenciais para fornecer soluções de habitação às populações mais pobres do mundo e que também poderiam ajudar a estimular a economia.
"Os economistas estão enfatizando a importância econômica da habitação e da infraestrutura urbana como parte do setor produtivo que gera emprego", disse ela a jornalistas.
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