
26 de outubro de 2009 | 14h03
Autoridades iraquianas disseram nesta segunda-feira que o número de mortos em um atentado em Bagdá no domingo já chega a 155. Outras 500 pessoas ficaram feridas.
Os ataques coordenados, próximo a ministérios do governo e à sede do governo da província, foram os mais violentos desde abril de 2007. Homens-bomba detonaram dois veículos - um caminhão e um carro.
O presidente americano, Barack Obama, disse que os ataques foram "odiosos e destrutivos".
"Eu condeno com veemência estes ataques escandalosos contra o povo iraquiano e mando meus pêsames mais profundos àqueles que perderam entes queridos", disse Obama, em um comunicado.
"Estas bombas não servem a outro propósito que matar homens inocentes, mulheres e crianças, e eles revelam a agenda odiosa e destrutiva daqueles que querem negar ao povo iraquiano o futuro que eles merecem."
Repercussão
Soldados americanos foram chamados para ajudar nas investigações. O premiê iraquiano, Nouri Maliki, prometeu punir na Justiça os culpados.
O ministério iraquiano das Relações Exteriores disse que os atos terroristas pretendem "minar a estabilidade e o processo de reforço das estruturas democráticas".
As explosões aconteceram quase ao mesmo tempo, às 10h30 da manhã de domingo, na hora local, quando as pessoas se dirigiam ao trabalho, e atingiram o Ministério da Justiça e outro prédio do governo perto da Zona Verde, a região fortemente protegida no centro da capital iraquiana, causando muita destruição.
O primeiro-ministro iraquiano, Nouri Al-Maliki, visitou o local do ataque e emitiu um comunicado acusando a Al-Qaeda e simpatizantes do ex-presidente Saddam Hussein pelos atentados.
"Esses ataques terroristas covardes não podem afetar a determinação do povo iraquiano de continuar com sua luta contra os remanescentes do regime desmantelado e os terroristas da Al-Qaeda, que cometeram crimes brutais contra civis", disse.
"Eles querem provocar caos no país, impedir o processo político e evitar as eleições parlamentares", afirmou o premiê.
O presidente Jalal Talabani, por sua vez, disse que os autores dos ataques "não escondem mais seu objetivo". "Eles declaram publicamente que estão atacando o Estado", disse.
Entre os mortos, acredita-se que estariam vários funcionários do conselho provincial de Bagdá, responsável pela administração da cidade, cujo escritório foi atingido pelas explosões.
A violência em geral caiu dramaticamente no Iraque no último ano, mas ataques esporádicos continuam em várias partes do país. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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