Número de mortos em incêndios na Grécia sobe para 80

De acordo com o novo balanço, há 187 feridos registrados até o momento; bombeiros seguem em busca de pessoas bloqueadas em casas destruídas

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Por Redação
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ATENAS, GRÉCIA - Os bombeiros continuam em busca de pessoas bloqueadas em casas nas localidades de Mati e de Rafina, na Grécia, que foram destruídas por incêndios. O número de vítimas aumentou para 80 nesta quarta-feira, 25.

O balanço na região arrasada já supera os 77 mortos registrados nos incêndios de 1977 no Peloponeso (sul da Grécia) e na Ilha de Eubea (leste) Foto: Antonis Nicolopoulos / Eurokinissi / Reuters

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Ainda de acordo com o novo balanço, anunciado por Stavroula Maliri, a responsável pelo serviço de bombeiros, há 187 feridos registrados até o momento.

Os socorristas continuam as buscas, especialmente na cidade de Mati e em Kokkino Limanaki, um bairro da cidade portuária de Rafina, a cerca de 40 quilômetros de Atenas, onde há centenas de casas e de veículos queimados.

A catástrofe, que vários veículos da imprensa local qualificaram como uma "tragédia nacional", começou na segunda-feira, quando o fogo foi registrado em um monte próximo de Pendeli e ganhou força em razão de ventos de 100 km/h.

O balanço na região arrasada já supera os 77 mortos registrados nos incêndios de 1977 no Peloponeso (sul da Grécia) e na Ilha de Eubea (leste).

Na terça-feira, a descoberta de 26 corpos carbonizados em uma casa de Mati comoveu o país. Entre os mortos, havia crianças pequenas. Eles foram encontrados abraçados em grupos "em uma última tentativa de se proteger", contou o socorrista Vassilis Andriopulos.

Alguns moradores fugiram em pânico para a praia, a poucos metros de distância. Muitos tiveram de ficar por mais de uma hora na água para se salvar.

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Os bombeiros continuam recebendo "dezenas de chamadas" de pessoas em busca de seus parentes, afirmou a porta-voz da corporação. "O problema é o que se esconde sob as cinzas", advertiu o vice-presidente dos serviços de emergência, Miltiadis Mylonas.

Nesta manhã, mais de 300 engenheiros tentavam acelerar a avaliação de danos. Uma mãe polonesa e seu filho estão entre os mortos, segundo o governo de Varsóvia, assim como um cidadão belga, indicou o Ministério das Relações Exteriores da Bélgica. / AFP

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