Número de mortos em protestos na fronteira entre Venezuela e Brasil sobe para 6

Um indígena ferido durante os protestos do último sábado não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital

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Por Redação
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CARACAS - Organizações de direitos humanos informaram neste sábado que uma pessoa ferida durante os protestos da última semana na fronteira entre Venezuela e Brasil não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O Foro Penal Venezuelano, associação de advogados que lidera a defesa de pessoas consideradas como "presos políticos" pelo regime de Nicolás Maduro, informou que o indígena Rolando García morreu neste sábado após passar uma semana no hospital. "Rolando é o sexto morto por tiros recebidos entre 22 e 23 de fevereiro. É o quarto indígena", afirmou no Twitter o diretor do Foro Penal Venezuelano, Alfredo Romero.

Confronto na fronteira da Venezuela com o Brasil, no sábado; declaracao de coronel causou desconforto em Brasília Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

O Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea) explicou que a vítima, que trabalhava como guia turístico no sul da Venezuela, morreu em Boa Vista, no Estado de Roraima, onde recebia atendimento médico desde os confrontos do último sábado. "Rolando tinha sido ferido por soldados da Força Armada Nacional Bolivariano, responsáveis por um massacre", disse a organização. O Provea afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, são os responsáveis por liderar um massacre na fronteira com o Brasil, que terminou com seis mortos, quatro deles indígenas, e mais de 50 baleados. Os soldados leais a Maduro responderam com violência à tentativa da oposição de tentar levar ajuda humanitária ao país, requisitada pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó. Até o momento, o governo da Venezuela não se pronunciou sobre o número de mortos ou feridos na região da fronteira com Roraima. / EFE

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