KINSHASA - Mais de 700 pessoas já morreram vítimas do Ebola no nordeste da República Democrática do Congo, desde que o surto da doença foi declarado em agosto do ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde do país.
Em um relatório oficial enviado à Agência Efe neste sábado, 6, com números em vigor até 4 de abril, as autoridades estimaram 702 mortes, das quais 636 deram positivas em testes de laboratório e o restante é provável.
Os casos de contágio agora somam 1.117, dos quais 1.051 foram confirmados pelos laboratórios.
Este surto - o mais letal da história do país e o segundo do mundo por mortes e casos, após a epidemia na África Ocidental de 2014 -, foi declarado no dia 1º de agosto de 2018, nas províncias de Kivu do Norte e Ituri.
No entanto, o controle da epidemia foi prejudicado pela recusa de algumas comunidades em receber tratamento e insegurança na região, onde atuam diversos grupos armados.
Desde o último dia 8 de agosto, quando as vacinações começaram, mais de 95.100 pessoas foram imunizadas, na sua maioria nas cidades de Katwa, Beni, Butembo, Mabalako e Mandima, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde.
Entre outros estragos, a epidemia deixou, até o momento, a 1,4 mil crianças órfãs ou separadas de seus pais em Butembo e Beni, na província do Kivu do Norte, segundo informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). /EFE