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Número de mortos sobe para 40 em atentados no Marrocos

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 40 pessoas morreram ontem à noite em cinco atentados com explosivos na cidade costeira de Casablanca, no Marrocos, informou o Ministério do Interior marroquino. Há mais de 60 feridos e várias casas foram atingidas. Autoridades marroquinas responsabilizaram a rede terrorista Al-Qaeda e informaram que os ataques foram perpetrados por suicidas. A grande maioria das vítimas é marroquina. Os atentados ocorreram perto do Consulado da Bélgica, num centro comunitário judaico e sinagoga, num clube espanhol e no Hotel Farah Magreb (ex-Safir). Esses locais ficam numa área com muitas representações diplomáticas, entidades estrangeiras e instituições financeiras. Uma bomba foi detonada no clube Casa da Espanha, onde pelo menos 15 pessoas que estavam no restaurante podem ter morrido, segundo diplomatas. Restos dos corpos de dois homens-bomba foram retirados da entidade israelita. A polícia prendeu três suspeitos, entre os quais um homem-bomba gravemente ferido. Todos são marroquinos. Os ataques ocorreram apenas quatro dias depois de uma série de atentados suicidas contra um complexo residencial de ocidentais, em Riad, na Arábia Saudita, ter matado 34 pessoas e ferido quase 200. Mais de 95% dos habitantes do Marrocos são muçulmanos e cerca de 70% da população é árabe. O governo do país é um forte aliado dos EUA, mas, no período em que a questão iraquiana era tratada no âmbito da ONU, o Marrocos defendeu uma solução pacífica para a crise. O rei Mohamed VI chegou a expressar a preocupação de que uma guerra no Iraque poderia estimular o movimento fundamentalista islâmico.

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