27 de agosto de 2019 | 03h27
MIAMI, EUA - O número de imigrantes enviados ao México para esperar a análise dos pedidos de asilo feitos ao governo dos Estados Unidos cresceu 50% em julho na comparação com o mês anterior, totalizando 11.804 pessoas.
Os dados foram revelados por um estudo realizado pela Universidade de Syracuse, que mostra que o número de solicitantes de asilo enviados ao país vizinho dentro do programa MPP, popularmente conhecido como "Permanecer no México", mais do que dobrou na comparação com junho (5.883) e maio (5.161).
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Por meio do programa, criado pelo governo de Donald Trump, os imigrantes que cruzaram a fronteira dos EUA para solicitar asilo são enviados ao México para esperar que o pedido seja julgado pela Justiça americana.
Segundo a Universidade de Syracuse, 26.001 pedidos de asilo foram analisados pelo MPP desde que o programa foi implementado em janeiro em cinco pontos de entrada da fronteira sul dos EUA.
O aumento registrado em julho se explica em parte pela inclusão de mais dois novos postos de fiscalização no programa, ambos no Texas.
O relatório afirma que os 26 mil casos equivalem a apenas 2,7% das solicitações de asilo em aberto na Justiça americana. Até o fim de julho, 975.298 pedidos aguardavam resposta.
Os guatemaltecos representam o maior número de pedidos de asilo via MPP, com 9.354 solicitações. Eles são seguidos pelos hondurenhos (8.859) e pelos salvadorenhos (3.197). Os cubanos ocupam a quarta posição, com 2.804 casos. EFE
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