DETROIT -A principal autoridade eleitoral da Geórgia certificou nesta sexta-feira, 20, a vitória de Joe Biden contra Donald Trump na corrida presencial de 3 de novembro.
A certificação deixa o Estado um passo mais perto de encerrar uma votação que foi questionada inúmeras vezes por Trump e seus apoiadores – sem que nenhuma evidência fosse apresentada.
Cabe agora ao governador republicano Brian Kemp certificar a lista de 16 eleitores presidenciais do Estado. Ele tem até as 17h (horário local, 19h no Brasil) de sábado, 21.
Os resultados certificados pelo secretário de Estado Brad Raffensperger mostraram que Biden teve 2,47 milhões de votos, contra 2,46 milhões do presidente Donald Trump. O democrata venceu por uma margem de 12.670 votos, ou 0,25%.
“Os números não mentem. Como secretário de Estado, acredito que os números que apresentamos hoje estão corretos ”, disse Raffensperger em uma entrevista coletiva. “Os números refletem o veredicto do povo.”
A certificação dos resultados é um golpe contra a tentativa do presidente de tentar anular as eleições. Trump se reunirá nesta sexta-feira, 20, com os líderes republicanos do Estado de Michigan na Casa Branca para tentar invalidar o resultado nesse Estado.
A certificação do voto veio menos de um dia após os resultados da recontagem manual confirmaram a liderança de Biden na Geórgia, dando ao presidente eleito uma vantagem de 12.284 votos sobre Trump e tornando-o o primeiro candidato presidencial democrata a ganhar no Estado desde 1992.
Biden foi declarado o vencedor na Geórgia e na corrida presidencial geral no início deste mês, após acumular uma clara maioria no colégio eleitoral. Mas Trump até agora se recusou a conceder a eleição e continuou a propagar a falsa alegação de que os resultados foram contaminados por fraude eleitoral generalizada e irregularidades sistêmicas.
De acordo com o site The Hill, Raffensperger, um republicano, foi criticado por membros de seu próprio partido por defender a precisão da contagem de votos na Geórgia. Ele alegou esta semana que os republicanos tentaram pressioná-lo a retirar as cédulas legais em um esforço para virar a eleição a favor de Trump.
Falando em uma entrevista coletiva, Raffensperger mais uma vez defendeu sua forma de lidar com a eleição, insistindo que as contagens relatadas pelo Estado eram precisas e que Biden era o vencedor. /COM AP e REUTERS