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O 'carcereiro-chefe' de Gilad Shalit

Atualização:

Em conversas de rua na Faixa de Gaza, Ahmed Jabari - o chefe militar do Hamas (acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, em árabe) assassinado ontem por Israel - costumava ser retratado como o mais destemido e venerado líder dos radicais palestinos. Na escala de prestígio, seu nome vinha acima do de Ismail Haniyeh o premiê e líder político da facção em Gaza, e ao lado do de Khaled Meshaal, o comandante supremo, no exílio, do Hamas. Comandante do braço militar da facção que controla Gaza por dez anos, Jabari consagrou-se ao comandar a operação em que o soldado israelense Gilad Shalit foi sequestrado, em 2006. Depois, virou "carcereiro-chefe" do refém: manteve-o por cinco anos escondido em um casebre de Gaza, sem que os espiões ou sistemas de vigilância de Israel descobrissem o local. Provavelmente, nem os líderes políticos do Hamas sabiam onde ele mantinha Shalit.Quando Israel aceitou trocar 1.027 presos palestinos por seu soldado, em outubro de 2011, foi Jabari quem escoltou Shalit até a fronteira com o Egito. Na primeira foto do jovem militar divulgada na imprensa israelenses após ele ser libertado, o guerrilheiro palestino aparecia sorrindo com a mão no ombro de Shalit. Jabari passou 13 anos preso em Israel e, no cárcere, aprendeu a falar hebraico. Em 1995, voltou a Gaza, iniciando sua carreira no Hamas. / REUTERS

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