O conservador Castañeda é reeleito prefeito de Lima

Pesquisa de boca-de-urna indica que Castañeda teve 50,7% dos votos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O conservador Luis Castañeda foi reeleito prefeito de Lima na eleição municipal realizada neste domingo, 19, no Peru, ao obter 50,7% dos votos, segundo a pesquisa de boca-de-urna elaborada pela empresa Apoyo, Opinión y Mercado. Seu principal rival, o candidato do governante Partido Aprista Peruano (PAP), Benedicto Jiménez, obteve - segundo a mesma pesquisa - 12,7% dos votos. Nascido em 1945 na cidade de Chiclayo (norte), Luis Castañeda Lossio é o máximo dirigente do Solidariedad Nacional, partido integrante da aliança Unidad Nacional, e desponta como um candidato com grandes possibilidades de concorrer à Presidência em 2011. Em 1981, foi eleito regedor e contribuiu na tarefa de colocar em mercados populares os milhares de comerciantes ambulantes que operavam no centro de Lima. Entre 1990 e 1996 foi presidente do Instituto Peruano de Previdência Social e nas eleições de 2000 foi candidato à Presidência peruana, obtendo apenas 2% dos votos. Em 2002 se tornou prefeito, recuperando nos últimos anos edifícios do Patrimônio Histórico, revitalizando a vida do centro da cidade e dando certa segurança para os cidadãos da capital. "Vou continuar trabalhando com o mesmo espírito, com a mesma vocação, isso é o mais importante", disse Castañeda aos jornalistas após saber de sua vitória - que ainda não foi confirmada oficialmente. "O centro se recuperou, mais de 5 mil locais foram reabertos", disse Castañeda sobre sua gestão, muito criticada por seus rivais, que o acusam de haver destinado fundos milionários para a construção de fontes e de outros monumentos, e inclusive para a organização de desfiles de moda, sem resolver os verdadeiros problemas dos habitantes do centro de Lima. Segundo Apoyo, Opinión y Mercado, a maioria dos 43 distritos que formam a área metropolitana da cidade votaram na conservadora aliança Unidad Nacional. Estes resultados representam quase uma réplica dos obtidos no primeiro turno presidencial de abril de 2006, quando a UN obteve a maioria dos votos, que no segundo turno foram para o candidato do Partido Aprista, Alan García, para evitar a vitória do nacionalista Ollanta Humala.

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