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O jihadismo que fala francês

De acordo com um estudo da Brookings Institution, estar em um país onde se fala francês é o fator mais importante para uma pessoa aderir ao Estado Islâmico

Por Helio Gurovitz
Atualização:

O que leva alguém a aderir ao Estado Islâmico (EI)? O resultado do estudo mais preciso sobre o tema, da Brookings Institution, intriga os pesquisadores. Eles investigaram os grupos mais propensos a fornecer jihadistas ao EI, segundo 40 critérios. De longe, o fator mais importante é estar num país onde se fala francês. Urbanização e desemprego juvenil também influem, mas a francofonia tem, estatisticamente, quase o dobro da relevância. Os terrenos mais férteis para o jihadismo são França, Bélgica e Tunísia. França e Bélgica também foram alvos dos atentados mais letais do EI.

“Não acreditamos que falar francês tenha efeito real”, diz Chris Meserole, coautor do estudo. “Francófono representa outra coisa: a cultura política francesa, especificamente a abordagem do secularismo – ou laïcité.” Segundo ele, o recrudescimento dos símbolos do Estado laico nos últimos anos, com movimentos pela proibição do véu e do burkini, revoltou muçulmanos desses países e produziu um ambiente mais acolhedor à retórica apocalíptica do EI.

Ataques. França sofreu atentados em grande escala 

O sobrepeso de Donald Trump

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A flutuação do peso mexicano tem acompanhado as chances de Donald Trump na corrida eleitoral americana. Quanto mais ele sobe nas pesquisas, mais a moeda cai diante do dólar.

Pneumonia de Hillary, coração de Roosevelt

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Não há surpresa na tentativa de Hillary Clinton esconder sua pneumonia, ou Trump seu colesterol. Em 1944, mesmo desenganado pelos médicos, Franklin Roosevelt decidiu concorrer à Casa Branca pela quarta vez. Morreu semanas após a posse. O estado de seu coração ficou 26 anos em segredo, diz Joseph Lelyveld no recém-lançado livro His final Battle.O efeito tardio da educação

É conhecida a influência da educação na economia. Menos conhecido é o tempo que ela leva para surtir efeito. Num estudo com 98 países, Theodore e Andrew Breton, da Universidad Eafit, de Medellín, demonstram a relação inequívoca entre escolaridade e crescimento. Um ano a mais de estudo eleva o PIB em 7% ao longo dos 40 anos seguintes – mas o efeito nos cinco anos iniciais é só um quarto disso.

A mitologia do investimento estatal

Uma lenda política dizque investimentos do governo em infraestrutura aumentam o crescimento, reduzem o desemprego e são uma responsabilidade cívica. “Nada disso está certo”, diz o economista Edward Glaeser em artigo no City Journal.

O governo do Japão investiu US$ 6,3 trilhões em projetos de construção entre 1991 e 2008. A renda per capita permaneceu estagnada, e a dívida pública atingiu astronômicos 230% do PIB.A biruta giratória de Alan Greenspan

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Responsável, no Fed, por inflar a maior bolha econômica da história – cujo estouro, em 2008, redundou na atual onda populista –, Alan Greenspan ainda se faz de sonso. “É o pior ambiente econômico e político que já vivi”, diz ele sobre o momento nos EUA. “Espero que encontremos uma saída, pois este é um país grande demais para ser minado por, como direi, birutas.” ‘Flogisto’ e ‘Gremlins’ de Paul Romer

O economista Paul Romer, conhecido por estudos ligando crescimento e inovação, abandonou a pesquisa teórica. Em artigo demolidor, ele ataca a macroeconomia dos últimos 40 anos e a compara à teoria das cordas, ramo da física que propõe explicações para o Universo impossíveis de verificar na prática. Bem-humorado, batiza variáveis esotéricas nos modelos econômicos de “trolls”, “gremlins”, “calórico”, “éter” e “flogisto”.