25 de outubro de 2010 | 00h00
Muita coisa mudou desde 2006, quando esse australiano de 39 anos, depois de anos pirateando no computador, criou o WikiLeaks, redefinindo os métodos de denúncia de fatos ilegais, ao reunir e vazar enormes quantidades de documentos secretos.
Agora não são só os governos que o acusam: alguns dos seus próprios camaradas o estão abandonando, pelo que consideram ser um comportamento despótico e imprevisível. Segundo vários colegas do WikiLeaks, ele decidiu sozinho revelar os documentos sobre o Afeganistão sem remover os nomes das fontes de inteligência afegãs para as tropas da Otan. Assange também está sendo investigado por acusações de estupro e atentado ao pudor envolvendo duas suecas. Ele diz que as relações foram consensuais.
Em meio à controvérsia dos documentos afegãos, Assange voou para a Suécia, onde pediu permissão de residência e proteção. A acolhida inicial foi eufórica. "Eles me chamaram de James Bond do jornalismo", relembrou. "Isso atraiu um punhado de fãs e algumas acabaram me causando problemas."
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