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O mundo só terá vacina contra Sars em cinco anos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização Mundial da Sáude (OMS) alerta: o mundo não contará com uma vacina contra a Síndrome Respiratória Severa Aguda (Sars) se a epidemia surgir novamente no final deste ano, quando começa o inverno no hemisfério norte. A conclusão foi anunciada hoje depois que os maiores especialistas sobre o vírus se reuniram em Genebra para definir estratégias de como lidar com a doença, caso ela ocorra novamente. Para os especialistas, o inverno é a estação do ano mais propícia para a proliferação de doenças respiratórias e, na OMS, ninguém descarta que entre esses vírus o da Sars volte a atacar. "Não teremos uma vacina até o final do ano", afirmou a OMS em um comunicado. Segundo a entidade, os primeiros testes de uma vacina podem começar a ser feitos em janeiro de 2004. Mas para que seja comercializada com segurança, a vacina pode levar entre dois anos e cinco anos para estar disponível. Empresas farmacêuticas também participaram das reuniões extraordinárias dessa semana em Genebra e ficou claro que, além da questão técnica, os produtores da vacina terão que entrar em um acordo com os governos sobre a propriedade intelectual da invenção. Já se cogita na OMS que algumas empresas estariam desenvolvendo uma corrida por quem registraria primeiro a patente da vacina. Os governos dos países em desenvolvimento, que teriam dificuldades em obter os recursos para comprar o produto e distribuir à população, já estão preocupados com a hipótese de terem que gastar ainda mais para evitar uma nova epidemia. Enquanto o produto não é colocado no mercado e as questões legais não são resolvidas, a OMS sugere que medidas como monitorar casos suspeitos e isolar pacientes em hospitais sejam adotadas por todos os países. Outra medida sugerida é que um caso seja comunicado de forma imediata à OMS caso fique comprovado que se trata de Sars. "As pesquisas precisam continuar sendo realizadas para determinar como e quando uma vacina será adicionada a essas medidas de controle já existentes", afirmou Jong Wook Lee, diretor da OMS.

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