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O que está em jogo na conferência de Washington

A reunião convocada pelos EUA para o dia 12 de abril em Washington visa a discussão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e a segurança das armas atômicas. Veja os principais assuntos que devem ser discutidos pelas 47 nações que estarão no encontro:

Atualização:

 

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Terrorismo nuclear - De acordo com a nova política divulgada pelos EUA, o terrorismo nuclear é considerado a grande ameaça da atualidade. O objetivo da cúpula, segundo a Casa Branca, é garantir a segurança de todos os materiais nucleares em quatro anos para evitar seu uso por grupos terroristas ou regimes hostis.

 

Segurança no Oriente Médio - A imposição de sanções ao Irã é vista pelo Conselho de Segurança como a última alternativa para conter o que pode ser um programa secreto de Teerã para desenvolver armas nucleares. Para o Conselho, manter a República Islâmica sem um arsenal atômico é vital para a segurança no Oriente Médio. A comunidade internacional, porém, acredita que Israel também tenha armas atômicas e a estabilização da região acarretaria na abdicação do Estado judeu ao seu suposto arsenal. O Irã não convidado para a cúpula.

 

Desnuclearização da Península Coreana - A Coreia do Norte é a grande preocupação dos EUA no leste asiático. O anúncio de Pyongyang de que o programa nuclear seria mantido e o arsenal atômico aprimorado desafia a nova política nuclear americana. Os EUA, ao lado de China, Rússia, Japão e Coreia do Sul, pressionam os norte-coreanos para abandonar seu programa e arsenal nucleares, promovendo assim a desnuclearização da Península Coreana. A Coreia do Norte também não foi chamada para a reunião.

 

Adesão ao TNP e ao Protocolo Adicional - Paquistão e Índia já realizaram testes nucleares, mas não são signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Outros países, como o Brasil, se recusam a aceitar o Protocolo Adicional do TNP, que permite uma fiscalização mais rigorosa das atividades nucleares por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). As potências nucleares pressionam nações com capacidade de produção de energia atômica a assinar a emenda do TNP.

 

Apoio brasileiro - O Brasil é abertamente contra a imposição de sanções ao regime iraniano. O País, um dos poucos dos membros rotativos do Conselho de Segurança da ONU a se opor às medidas, prega o diálogo com a República Islâmica e deve ser questionado sobre o assunto.

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