“Eles me mandaram para a Alemanha para estudar. Mas quero ser jogador”, disse o garoto, em um centro para menores na cidade de Passau, na Alemanha. Ao saber que a reportagem era do Brasil, ele fez questão de se apresentar para conversar. “Você tem como conseguir um lugar num time brasileiro? Sou muito bom”, garantiu, mostrando fotos em seu celular do “tempo em que jogava” em Damasco.
Seu sorriso parecia ter sobrevivido às bombas e ao trajeto de duas semanas. Agora, só sonha em aprender rapidamente a língua local, fazer amigos e achar uma forma de ser aceito num clube. Questionado se aceitaria ser alemão, ele não duvidou. “Claro, eles são os melhores do mundo.” Instantes depois, foi a vez de ele perguntar: “Como é que o Brasil perdeu de 7 a 1?” O Bayern de Munique anunciou que está abrindo um centro para acolher refugiados e oferecer “treinamento de futebol” como forma de aliviar o sofrimento dos garotos refugiados.