
20 de março de 2010 | 00h00
Foi um soco no olho dos EUA. Netanyahu insistiu que foi um erro que devia ser atribuído à estupidez, não à má intenção: uma comissão de urbanismo de baixo escalão tinha tomado a decisão por "razões técnicas", sem pretender ofender ninguém. Biden respondeu chegando 90 minutos atrasado ao jantar com Netanyahu e sua mulher, e fez um comunicado feroz.
Por que a equipe de Obama decidiu intensificar uma rixa que poderia facilmente deixar que se dissipasse? "Eles estavam exatamente em busca de uma briga", diz Daniel Levy, analista do New America Foundation. Uma explicação seria que Obama "ferveu de raiva" com a acolhida ofensiva dada a seu vice e ficou ainda mais furioso com as tentativas de desculpa de Netanyahu, que insistiu que Israel tinha o direito de se estabelecer em Jerusalém Oriental. Obama também está aproveitando o caso para enviar uma mensagem ao mundo árabe: mostrar que ele não vai se deixar pressionar por Israel.
COMENTARISTA DO JORNAL "THE GUARDIAN"
Encontrou algum erro? Entre em contato