Obama afirma que EI mudou de tática e comete atentados após derrotas bélicas

Em sua última entrevista coletiva antes do início de suas férias de verão, no Pentágono, presidente resumiu as derrotas do grupo terrorista

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Por Redação
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WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira, 4, que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) parecem "estar mudando de tática" e optando por ataques terroristas em resposta às derrotas que sofrem no terreno na Síria e no Iraque.

Em sua última entrevista coletiva antes do início de suas férias de verão, no Pentágono, Obama resumiu as derrotas do EI ao ressaltar as perdas de locais estratégicos na Síria e no Iraque, as mortes de altos comandantes do grupo e as dificuldades para recuperar-se desses revezes.

Obama fala sobre o Estado Islâmico no Pentágono Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP

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No entanto, Obama reconheceu que, após os vários atentados terroristas inspirados ou dirigidos pelo EI no mundo todo, "parece que as perdas estão causando uma mudança de tática que não tínhamos visto antes".

Obama disse que, após dois anos da missão da coalizão internacional contra o EI, liderada pelos EUA, "ficou claro que não eram invencíveis e sua derrota é inevitável".

O presidente americano não hesitou em dizer que o EI perderá o controle de suas duas grandes fortificações, Raqqa (Síria) e Mossul (Iraque), mas não especificou quando espera que essas batalhas de libertação aconteçam.

"Há dois anos, o EI se expandia pelo Iraque e até pôs em risco Bagdá", afirmou Obama, que lembrou que desde há um ano os jihadistas não conquistam território.

Obama ressaltou que, aos esforços militares contra os jihadistas, devem somar-se esforços políticos, humanitários e diplomáticos.

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No entanto, reconheceu "não estar satisfeito com os avanços, porque isso significaria que o problema está resolvido e esse não é o caso".

O presidente americano considerou vital acabar com a presença do EI sobre o território na Síria e Iraque, a fim de que não "usem sua propaganda para sugerir que um chamado califado está nascendo" e recrutem combatentes. / EFE