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Obama apresenta sua estratégia para a região

Por Patrícia Campos Mello
Atualização:

O golpe de Estado em Honduras deu ao presidente americano, Barack Obama, a oportunidade de mostrar, na prática, a estratégia diferenciada que prometeu aplicar na região. Apesar da oposição de congressistas republicanos - e de alguns democratas -, ele se manteve firme na sua posição de defesa de um governo democraticamente eleito, apesar de pouco simpático na visão do Departamento de Estado. O presidente americano foi taxativo no começo da semana passada ao afirmar que a situação política em Honduras era "ilegal" e disse que o golpe abria um "terrível precedente" e a região não poderia voltar a seu "passado negro". "Seria um terrível precedente se começássemos a regredir para uma era em que golpes militares eram uma maneira de transição política'', declarou. A reação foi muito diferente da adotada, por exemplo, pelo governo de seu antecessor George W. Bush - que, no comando de um país em guerra, manteve-se praticamente alheio à política latino-americana - diante do fracassado golpe de Estado na Venezuela, em 2002, quando os EUA manifestaram precipitada tolerância com os líderes golpistas. Chávez reassumiu 47 horas depois do golpe e as relações entre Caracas e Washington azedaram de vez. Para Christopher Sabatini, diretor do Conselho das Américas, "o governo americano fez um bom trabalho ao condenar fortemente o golpe, ao mesmo tempo em que faz alusão às possíveis inconstitucionalidades do governo de Manuel Zelaya, que obviamente não são desculpa para expulsá-lo do país".

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