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Obama condena ataque suicida 'últrajante'no Paquistão

Mulher-bomba mata 43 que esperava para receber comida; Talebã assume autoria.

Por BBC Brasil
Atualização:

Vítimas estavam em um centro de distribuição de comida O presidente americano, Barack Obama, classificou de 'ultrajante" o ataque suicida que matou pelo menos 43 pessoas neste sábado no Paquistão. O Talebã paquistanês assumiu a autoria de um ataque realizado por uma mulher-bomba que detonou seus explosivos perto de uma multidão que recebia ajuda humanitária no noroeste do Paquistão. "Condeno com veemência este ultrajante ataque terrorista em Khar, no Paquistão. A matança de inocentes em um local de distribuição de comida é uma afronta para a população paquistanesa e para toda a humanidade", disse ele. "Os Estados Unidos estão junto com os paquistaneses nestes tempos difíceis e vão apoiar substancialmente os esforços do Paquistão para a conquista da paz e justiça para seu povo", completou. Represália O Talebã paquistanês disse que o ataque foi em represália ao apoio da população de Khan, região de Bajaur, próxima da fronteira com o Afeganistão, para a ofensiva do governo contra militantes. Pelo menos 60 pessoas ficaram feridas no ataque. Também neste sábado, o Exército afirmou ter matado 40 militantes na região tribal de Mohmand, onde, na véspera, 35 pessoas tinham morrido quando membros do Talebã atacaram postos de controle. Na mesma região, um ataque suicida deixou ao menos 40 mortos no início deste mês. Ex-aliado O correspondente da BBC News em Islamabad Aleem Maqbool explica que Bajaur é uma região alvo de inúmeras operações do Exército, que várias vezes declarou que a área estava livre dos militantes. Mas, novamente, os extremistas provam que podem revidar. "No final de um ano sangrento no Paquistão, houve ataques a todos os tipos de alvo. Os militantes não se acanharam", opina Maqbool. "Muitos paquistaneses se perguntam como o governo e os militares vão lidar com a situação no futuro." O governo paquistanês está sob forte pressão dos Estados Unidos para que lance uma forte ofensiva na região tribal do Waziristão do Norte, onde acredita-se que se escondam extremistas islâmicos. Islamabad nega as acusações de que não está fazendo o suficiente para conter o extremismo. O país apoiou o regime do Talebã no Afeganistão entre 1996 e 2001, mas se tornou aliado dos EUA após a invasão americana ao país vizinho. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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