17 de janeiro de 2013 | 02h01
"Nós próximos dias, vou usar o peso desse posto (a presidência dos EUA) para tornar essas medidas realidade. Se apenas uma vida pode ser salva, temos a obrigação de tentar", afirmou Obama, rodeado por crianças em um encontro com parentes das vítimas de Newtown. "Nossa primeira missão como sociedade é manter nossas crianças seguras. Seremos julgados por isso e as suas vozes devem nos levar a essa mudança", completou.
Obama insistiu que os lobbies no Congresso contrários às medidas, "interessados nos seus próprios lucros", defenderão que a Casa Branca está ferindo o direito de porte de armas, resguardado pela Segunda Emenda da Constituição. Como reação, instigou a população a pressionar seus congressistas.
"Quero deixar uma coisa absolutamente clara: como muitos americanos, eu acredito na garantia da Segunda Emenda (da Constituição) ao direito individual do porte de armas", afirmou, ciente do elevado apoio popular a essa regra.
Dentre os 23 decretos presidenciais a serem editados nos próximos dias, 4 preveem a melhoria do atual sistema de checagem de antecedentes criminais e de histórico de doença mental de quem quiser comprar uma arma. Para melhorar a troca de informações com os Estados, o governo convocou as agências federais a manter atualizado esse sistema. No caso de doentes mentais, o governo antecipará medidas previstas na reforma da Saúde para garantir o acesso ao tratamento gratuito.
O governo americano também lançará uma campanha sobre responsabilidade e segurança no uso de arma e vai redirecionar fundos para as pesquisas sobre violência armada do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, suspensos desde 2006. A indústria de armas será pressionada pelo governo a desenvolver tecnologias de segurança mais eficazes e todas as munições colhidas em investigações criminais terão de ser rastreadas.
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