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Obama diz que não se pode deixar crise europeia ameaçar recuperação global

Ao lado de Angela Merkel, presidente diz que moratórias na Europa seria algo 'desastroso'

Por Alessandra Corrêa
Atualização:

Obama gesticula ao lado da chanceler alemã: 'moratória na Europa seria desastrosa'

 

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WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira, 7, ao receber a chanceler alemã, Angela Merkel, que não se pode permitir que a crise de dívida enfrentada por diversos países europeus ameace a recuperação da economia mundial.

 

"Eu apreciei muito as opiniões da chanceler sobre a situação financeira na Europa, a qual, nós concordamos, não se pode permitir que coloque a recuperação econômica global em risco", disse Obama, em entrevista conjunta, após uma reunião privada com Merkel na Casa Branca. A crise provocada por altos níveis de dívida pública e deficit em países europeus como Grécia, Irlanda e Portugal -obrigados a adotar medidas de austeridade e aceitar ajuda internacional - já foi citada por Obama como um dos problemas externos a afetar a recuperação econômica americana. Nesta terça-feira, ao lado de Merkel, o presidente disse que o crescimento econômico dos Estados Unidos depende de uma resolução sensata desse problema. "Acreditamos que seria desastroso para nós ver uma espiral descontrolada e moratória na Europa, porque isso poderia desencadear uma série de outros eventos. E eu acho que Angela compartilha da mesma opinião", disse Obama. Cooperação Merkel chegou a Washington na noite de segunda-feira, para uma visita cercada de cerimônia, que inclui um jantar de Estado em sua homenagem na noite desta terça-feira. A chanceler alemã também receberá de Obama a Medalha Presidencial da Liberdade, a principal condecoração civil americana. Na entrevista concedida após reunião privada na Casa Branca, os dois líderes destacaram a parceria entre seus países. Obama ressaltou o papel das tropas alemãs no Afeganistão, e Merkel destacou o papel dos Estados Unidos na unificação da Alemanha. Os dois líderes também falaram de assuntos globais, como o processo de paz no Oriente Médio e a situação em países da região e do norte da África, que registram uma onda de manifestações pró-democracia. Ambos voltaram a dizer que o líder líbio, Muamar Khadafi, deve deixar o poder. "A chanceler e eu fomos claros: Khadafi deve renunciar e entregar o poder ao povo líbio, e a pressão só vai continuar a aumentar até que ele faça isso", disse Obama.

 

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