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Obama diz que repressão contra manifestantes líbios é 'inaceitável'

Para presidente americano, Khadafi deve ser responsabilizado pela violência no país.

Por BBC Brasil
Atualização:

Obama disse que o governo líbio tem de ser responsabilizado pela violência O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira que a violenta repressão contra os manifestantes líbios é "ultrajante e inaceitável". Durante seu primeiro discurso televisionado sobre a crise na Líbia, Obama disse ainda que seu governo está preparando, juntamente com outro países, uma resposta às ações das autoridades da Líbia. Segundo ele, o governo do líder Muamar Khadafi deve ser responsabilizado pela violência e a morte de civis. "Como todos os governos, o da Líbia tem a responsabilidade de evitar a violência, de permitir assistência humanitária aos que precisam e a respeitar os direitos de seus cidadãos", disse o presidente. "O governo deve ser responsabilizado por seu fracasso nessas áreas e por pela contínua violação dos direitos humanos." Foco Obama afirmou ainda que em uma situação volátil como a atual, é crucial que a comunidade internacional se una para falar "em um só tom" com o governo da Líbia. "Esse tem de ser o nosso foco", disse o presidente americano, lembrando que na véspera o Conselho de Segurança da ONU havia mandando uma mensagem clara ao condenar a violência no país. "A mesma mensagem foi enviada pela União Europeia, Liga Áraba, União Africana, Organização da Conferência Islâmica, além de outras nações, individualmente." "Norte e sul. Leste e oeste. Vozes estão se erguendo em oposição a essa repressão e em apoio aos direitos do povo líbio". Hillary e Patriota Horas antes, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também havia afirmado que o governo líbio deve ser responsabilizado pelo uso de força contra manifestantes pacíficos. "Estamos nos unindo com o resto do mundo para enviar uma mensagem clara para o governo líbio de que a violência é inaceitável e que o governo líbio será responsabilizado pelas ações que está tomando", disse Hillary, em entrevista após um encontro com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota. "Vamos considerar todas as opções possíveis para tentar pôr fim à violência e influenciar o governo", afirmou a secretária. Hillary também exortou todos os americanos na Líbia a deixarem o país. O governo americano fretou uma embarcação para retirar seus cidadãos da Líbia. A crise na Líbia foi um dos assuntos discutidos entre Hillary e Patriota. O ministro disse que o Brasil está muito preocupado com a situação no país árabe, onde vários há vários brasileiros trabalhando em empresas envolvidas em projetos de infraestrutura. Patriota disse que o Brasil apoiou a iniciativa de pedir uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU para abordar a situação na Líbia. Colaborou Alessandra Corrêa, da BBC Brasil em Washington BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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