PUBLICIDADE

Obama diz ser decepcionante rejeição à lei de imigrantes

Por AE
Atualização:

O presidente dos EUA, Barack Obama, classificou de "incrivelmente decepcionante" a rejeição de um projeto de lei que daria cidadania a jovens estrangeiros. O projeto era conhecido como Dream, sigla em inglês para Desenvolvimento, Ajuda e Educação para Minorias Estrangeiras, mas não conseguiu o número mínimo de votos no Senado para avançar para a votação definitiva. O projeto de lei visava dar status legal aos imigrantes de até 30 anos que tenham entrado nos EUA com menos de 16 anos e que tenham frequentado a faculdade ou servido as Forças Armadas por pelo menos dois anos. Outra exigência era a de que tivessem vivido nos EUA por pelo menos cinco anos e se formado no ensino médio de lá. "Não havia simplesmente nenhuma razão para não aprovar essa importante lei", disse Obama no comunicado. Os críticos à medida alegavam que a lei recompensaria a infração e que o Congresso precisa aumentar a segurança nas fronteiras do país antes de conceder cidadania a quaisquer imigrantes ilegais. "Durante anos, o Congresso recusou-se a fazer isso", disse o senador Jefferson Sessions, republicano do Alabama. "Como parte dessa sessão legislativa, não houve nenhum movimento sério para fazer qualquer coisa" no tocante à segurança da fronteira, disse ele. A quem lhe pedia apoio para o projeto, o senador Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul, respondia: "você está perdendo seu tempo". "Nós não vamos aprovar a lei Dream, nem nenhum projeto de lei, antes de assegurarmos nossas fronteiras."A aprovação da medida era prioridade do líder da maioria no Senado, Herry Reid, democrata de Nevada, que ganhou uma dura disputa pela reeleição em novembro com a ajuda da forte comunidade hispânica de seu Estado, que apoiava o projeto. Os defensores diziam que seria injusto penalizar as crianças que foram levadas aos EUA por seus pais. Cerca de 65 mil estrangeiros formam-se em faculdades dos EUA todos os anos. "Para muitos, o inglês é realmente a primeira língua", disse a senadora Dianne Feinstein, democrata da Califórnia. "Eles são como qualquer outro norte-americano."No último dia 8, a Câmara de Representantes aprovou a lei por 216 votos contra 198. As informações são da Dow Jones.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.